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Euclides da Cunha: Engenheiro Escritor

 

Conferência proferida pelo

Eng. Aluizio de Barros Fagundes, MSc.

ABRAEE – Associação Brasileira de Engenheiros Escritores

Congresso Mundial de Engenheiros Escritores - Recife, março de 2014  

Por ocasião deste congresso, com a honra do convite recebido, vou realizar um antigo propósito: falar sobre um dos mais eminentes escritores da lingua portuguesa.

 

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha em seu trabalho literário esbanjou talento, estilo e erudição, fruto de quê, veio a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, tornando-se um imortal da mais nova flor do Lácio. Nada mais justo neste evento, pois Euclides da Cunha, imortal, é um engenheiro escritor.

 

Ainda muito jovem, tomei de amores o vernáculo. Descobri-me leitor insaciável e, aos poucos fui fazendo algumas incursões na escrita. Um tanto mais tarde, descobri que a maior invenção da humanidade, não necessariamente a mais antiga, foi  a palavra. A palavra é, sem dúvida, uma invenção. Percebendo o dom de articular sons vocais, o homem começou a dar nomes às coisas e depois a definir sentimentos. Por ser uma invenção, cada grupo de humanos foi criando seu próprio idioma. O isolamento dos grupos gerou um grande número de linguas. Se palavras fossem om dom natural, todos falaria de modo igual.

 

Hoje, sabe-se que, sem o uso de palavras, não é possível pensar. Nos primórdios do Século XX, o testemunho de Anne Sullivan, educadora norteamericana quase cega que se dedicou a Helen Keller, nascida cega e surda e, consequentemente, muda, foi cabal nesta direção. Colocando uma das mãos de Helen na região da glote e a outra sobre coisas e objetos, Anne foi lhe ensinando palavras através da vibração das cordas vocais. Pragmaticamente, Helen Keller relatou sua percepção quanto ao pensamento depender do conhecimento das palavras.

 

Pois desde cedo, tenho o privilégio da curiosidade por palavras. Vivia perguntando aos mais velhos os significados das palavras novas que ouvia ou lia. Um dia meu pai chegou da rua com um presente. Era o Pequeno Dicionário da Lingua Portuguesa de Cândido de Figueiredo. Segui o conselho dele e passei a aprender pelo menos três palavras por dia. Gostava muito do “Enriqueça seu vocabulário”, do Aurélio Buarque de Hollanda, nas “Seleções” do Readers Digest. Também me demorava alguns minutos na seção preferida d’O Estado de São Paulo, a ler as “Questões Vernáculas” do Professor Napoleão Mendes de Almeida. Algumas décadas depois, comprei a edição em livro em que o Professor apresentou seu “Dicionário das Questões Vernáculas”.

 

Tornei-me um cativo da língua portuguesa, sempre em busca dos seus grandes escritores.

 

Tinha um especial encantamento pela cadência da poesia. Os LUSÍADAS de Camões arrebatou-me ali pelos meus quinze anos. Lia os clássicos e as antologias com muita atenção. Ou melhor, não os lia, estudava-os sim, quase compulsivamente. Mas o tempo foi passando e dirigi minhas predileções às crônicas de Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, David Nasser e outros nas revistas Manchete e O Cruzeiro.

 

Por essa época, aventurei-me na primeira leitura de OS SERTÕES, querendo saber da origem da fama de Euclides da Cunha. Adolescente, leitor compulsivo, tive muitas dificuldades nessa empreitada. Faltava-me paciência, ou método, para, a cada passo, recorrer ao dicionário. Persistiu por anos minha frustração por tê-los lido com pouco empenho.

 

Entretanto, nos idos de 1986, em plena euforia do Plano Cruzado, quando todos descobriram as viagens aéreas e puderam pagá-las, ocorreu um acaso anunciado. Precisava voltar de Brasília para o Rio de Janeiro e só consegui passagem para um vôo de cinco horas depois. Resolvi aguardar no aeroporto. Para aliviar a pressão da espera, entrei na livraria “Sodiler” e pesquisei as bancadas de livros. Eis que, então, me deparei com a 32.ª edição de “Os Sertões – Campanha de Canudos” da Livraria Francisco Alves, 1984. Tenho-a até hoje como uma pequena relíquia. Renovou-se meu contato com Euclides da Cunha. Literalmente em dois jatos, revelou-se o prazer surpreendente de um quarentão na releitura da obra OS SERTÕES.

 

Depois, empreendi novas leituras cuidadosas e demoradas, cada vez mais prazerosas. Por isso, hoje estou aqui.

Tenho a honra de ser engenheiro e o privilégio de escrever. Muito timidamente experimentei a aventura de elaborar contos, alguns de caráter intimista, e crônicas mais ou menos ácidas sobre a tragédia humana. Fui guardando os textos no fundo de uma gaveta. Um pouco além, já no último decênio, por força da militância em entidades de classe, tendo chegado à glória de presidir o quase centenário Instituto de Engenharia, as contigências do cargo levaram-me a redigir e publicar mais de uma centena de editoriais e artigos versando sobre o contexto da Engenharia, conquanto técnica, ciência e arte, no desenvolvimento social e econômico de nosso país. Assim, sou também um articulista.

 

Com estas características, falarei sobre Euclides da Cunha.

 

Os estudiosos de Euclides da Cunha o definem como:

 

  • Engenheiro, militar, físico, geólogo, geógrafo, hidrógrafo,

 

  • Naturalista, botânico, zoólogo, 

 

  • Filósofo, professor, historiador, sociólogo,

 

  • Jornalista, ensaísta,

 

  • Poeta, romancista, escritor.

 

Lendo sua obra, pode-se dizer que foi um homem de rara inteligência e amplíssima cultura e, de fato, permeou seus textos com assuntos pertinentes a essas áreas de conhecimento. Através dos eventos na cronologia de sua vida, percebe-se que Euclides da Cunha possuiu espírito inquieto e inconstante, pouco se fixando em cada tarefa, com exceção de duas messes:

 

  • ENGENHEIRO, inicialmente militar e depois dedicado à construção civil.

 

  • ESCRITOR e jornalista, especializado em sociologia e política.

 

Suas carreiras como militar e professor foram meteóricas e nas demais áreas, apenas usou seus conhecimentos técnicos e o talento linguístico.

 

A maneira como Euclides da Cunha mais se sobressaiu foi na qualidade de escritor. Eu diria que, nesse mister, ele foi de fato um ARTICULISTA de jornais, com apresentação de CRÔNICAS, pois sempre falava de fatos reais ou expunha suas análises do que ocorria na época. Euclides nunca elaborou uma peça de ficção ou um romance. Nem mesmo romanceou as narrativas que redigiu.

 

Os Sertões tomou a forma de um livro, mas foi composto por uma sequência concatenada de artigos redigidos para jornal, relatando, com minúcias e contornos, o desenrolar da Campanha de Canudos. De fato, foi este seu único livro. Um livro tão grandioso que, praticamente, suplantou outras obras na língua portuguesa e valeu a Euclides uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, maximé dos escritores do Brasil. Se não morresse tão cedo, teria sido Euclides capaz de superar Os Sertões, a sua própria grande obra?

 

Como articulista, sua obra também é excepcional. Foram 121 artigos, com estilo brilhante, eloquente, livre, claro, preciso e, acima de tudo, cadenciado.

 

Não obstante sua projeção nas letras, Euclides da Cunha foi engessado pela formação cartesiana de engenheiro e de militar. Seus textos são relatos. Extremamente ricos, porém, relatos. Com princípio e objeto, com a análise estrutural e com a síntese da conclusão.

 

A amplidão do vocabulário de Euclides mais surpreende pela precisão dos significados que pelo uso quase pedante das palavras. Porém, a cadência supera as lacunas de compreensão, com a beleza poética que a prosa assume. O estilo de Euclides é para ser ouvido. Quando o ler, faça-o em voz alta e verá que Os Sertões tem a estatura de um ÉPICO.

 

Comparemos com a epopéia camoniana d’ Os Lusíadas, quando o vate clama o vernáculo em dodecassílabos:

 

       “Cantando espalharei por toda parte,

       Se a tanto me ajudar engenho e arte...

       Se sempre em verso humilde celebrado...

       Dai-me agora um som alto e sublimado,

       Um estilo grandiloco e corrente...

       Que se espalhe e se cante no Universo,

       Se tão sublime preço cabe em verso.”

 

Vejamos Os Sertões, quando Euclides assim o abre com o tomo A Terra:

 

     “O planalto central do Brasil desce, nos litorais do Sul, em escarpas inteiriças, altas e abruptas. Assoberba os mares; e desata-se em chapadões nivelados pelos visos das cordilheiras marítimas, distendidas do Rio Grande a Minas. Mas ao derivar para as terras setentrionais diminui gradualmente de altitude, ao mesmo tempo que descamba para a costa oriental em andares, ou repetidos socalcos, que o despem da primitiva grandeza afastando-o consideravelmente para o interior.”

 

O épico termina tão grandioso como se iniciou, no capítulo “Últimos Dias”:

 

       “Sucedeu, então, um fato extraordinário de todo em todo imprevisto. O inimigo desairado revivesceu com vigor incrível. Os combatentes, que o enfrentavam desde o começo, desconheceram-no. Haviam-no visto, até aquele dia, astucioso, negaceando na maranha das tocaias, indomável na repulsa às mais valentes cargas, sem par na fugacidade com que se subtraía aos mais improvisos ataques. Começaram a vê-lo heróico.”

 

Nesse último capítulo, é pungente o desfecho:

 

       “Fechemos este livro. Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até ao esgotamento completo .... quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dous homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.”

 

E espetacular é o encerramento:

 

       “É que ainda não existe um Maudsley para as loucuras e os crimes das nacionalidades.”(*)

 

(*) Henry Maudsley (1835–1918) foi um pioneiro da psiquiatria inglesa, com importantes contribuições à noção de responsabilidade penal e ao conceito de Sociopatia. Aliás desenvolveu exatamente a análise da irresponsabilidade, da insensibilidade e da imbecilidade moral. Autor de “A tirania de organização”.

 

 

 

SOBRE A MORTE DE EUCLIDES DA CUNHA

 

Dia 15 de agosto de 1909, ocorreu o trágico desfecho da vida de Euclides da Cunha, aos 43 anos. Até hoje o episódio, conhecido como Tragédia da Piedade, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro, é alvo de controvérsias. Conforme se apura nos autos de dois julgamentos, Euclides foi no encalço de sua esposa até a casa de seu jovem amante, Ten. Dilermando de Assis. Invadiu a casa armado, houve violenta altercação, feriu a tiros Dilermando e o irmão dele. Dilermando reagiu, também a tiros, e matou Euclides de Cunha. Euclides foi sepultado no Cemitério de São João Batista, Rio de Janeiro, em clima de comoção nacional. O processo policial e criminal perdurou até 31 de outubro de 1914, culminando com a absolvição de Dilermando de Assis, sob a sustentação da motivação de “legítima defesa”. Os advogados de Dilermando de Assis foram os criminalistas Evaristo de Moraes e Caetano Delamare Garcia.

 

 

 

CRONOLOGIA DOS FATOS DA VIDA DE EUCLIDES DA CUNHA

 

  • 1866- Nascimento de Euclides, no dia 20 de janeiro, no arraial de Santa Rita do Rio Negro (hoje "Euclidelândia"), município de Cantagalo, então província do Rio de Janeiro, filho de Manoel Rodrigues da Cunha e de Eudóxia Moreira da Cunha.

 

  • 1870 (4 anos) – Morte da mãe e mudança para Teresópolis, aos cuidados da tia Rosinda Gouveia, até a morte desta em 1871.

 

  • 1871 a 1876 (5 a 10 anos) - Mudança para São Fidélis, junto com a irmã Adélia, aos cuidados da tia Laura Garcês. Inicia os estudos primários no Colégio Caldeira.

 

  • 1877 a 1878 (11 a 12 anos)– Vai para a Bahia, na casa dos avós paternos, continuando os estudos no Colégio Bahia do Prof. Carneiro Ribeiro.

 

  • 1879 (13 anos) - É transferido para o Rio de Janeiro, aos cuidados do tio paterno Antonio Pimenta da Cunha, onde inicia o curso secundário no Colégio Anglo-Americano.

 

  • 1880 a 1882 (14 a 16 anos) – Frequenta os colégios Vitório da Costa e Menezes Dória;

 

  • 1883 a 1884 (17 a 18 anos) - Aos 18 anos de idade, é matriculado no Colégio Aquino, onde faz exames de Geografia, Francês, Retórica e História; período em que publica os primeiros artigos no jornal O Democrata, fundado por ele e seus colegas.

 

  • 1885 (19 anos) - Ingressa na Escola Politécnica para cursar Engenharia, mas é obrigado a desistir por motivos financeiros.

 

  • 1886 a 1888 (20 a 22 anos) - Assenta praça na Escola Militar da Praia Vermelha; passa a colaborar com a edição da Revista da Família Acadêmica; tem sua matrícula trancada devido a ato de protesto durante uma visita do ministro Tomás Coelho, do último gabinete conservador da monarquia.

 

  • 1888 a 1889 (22 a 23 anos) – Transfere-se para São Paulo colaborando com a edição da série "A Pátria e a Dinastia", no jornal A Província de São Paulo.

 

  • 1889 (23 anos) - Retorna à Escola Militar da Praia Vermelha, graças à proclamação da República. Conclui o curso de engenharia. Casa-se com Ana Emília Sólon Ribeiro, filha do general Sólon Ribeiro.

 

  • 1891 (25 anos) - Conclui curso na Escola Superior de Guerra.

 

  • 1892 (26 anos) - Primeiro-tenente de Artilharia é designado para coadjuvante de ensino teórico na Escola Militar.

 

  • 1893 (27 anos) - Nasce Sólon da Cunha, seu primeiro filho. Estágio nas obras da Estrada de Ferro Central do Brasil. Direção das obras de fortificações das trincheiras da Saúde durante a Revolta da Armada.

 

  • 1894 a 1895(28 a 29 anos) - Publicações nos jornais O Tempo e Gazeta de Notícias  defendendo o Estado democrático e a não violência. Designado para a Diretoria de Obras Militares, muda-se para Campanha, Minas Gerais, onde constrói e inaugura a estrada de ferro local.  Nasce Euclides Filho, seu segundo filho com "Saninha“.

 

  • 1896 (30 anos) - Desliga-se do Exército para dedicar-se à engenharia civil. Como correligionário republicano, Floriano Peixoto obtém estágio na Estrada de Ferro Central do Brasil e, logo a seguir é nomeado Superintendente de Obras Públicas do Estado de São Paulo, cargo exercido até 1903.

 

  • 1897 (31 anos) - Publica dois artigos no jornal O Estado de São Paulo sob o título "A Nossa Vendéia", comparando os brasileiros revoltosos de Canudos aos franceses da Vendéia, contrarrevolucionários entre 1793 a 1796. É nomeado adido ao Estado-Maior do Ministério da Guerra e segue para Canudos. De 7 de agosto a 1 de outubro, a convite de Júlio de Mesquita, também atuou como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, e cobre a última fase daquela campanha.

 

  • 1898 (32 anos) - Já como engenheiro de obras públicas do Estado de São Paulo muda-se para São José do Rio Pardo, onde trabalha na construção de uma ponte metálica sobre o Rio Pardo. Começa a escrever Os Sertões, livro no qual trabalhou até 1901. Fragmentos são publicados em artigos de O Estado de São Paulo.

 

  • 1901 (35 anos) - Nasce seu terceiro filho, Manuel Afonso, em São José do Rio Pardo, seu único filho a deixar descendentes. Projeta a Escola Primária Dr. Lopes Chaves em Taubaté. Muda-se para São Carlos, SP,  onde é engenheiro da construção da Escola Paulino Carlos. Ali permanece até meados de 1903.

 

  • 1902 (36 anos) - Publica Os Sertões pela Laemmert & Cia. É considerado o precursor da Sociologia e da literatura modernista no Brasil juntamente com Canaã, de Graça Aranha.

 

  • 1903 a 1904 (37 a 38 anos) - Muda-se para Lorena, SP, onde continua trabalhando como engenheiro. É eleito para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Valentim Magalhães. Pede demissão da Superintendência de Obras Públicas de São Paulo. Toma posse no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

 

  • 1905 (39 anos) - Nomeado chefe de seção da Comissão de Saneamento de Santos. Pede demissão do cargo, logo a seguir. Nesse ano, realiza viagem heróica pelo rio Purus, na Amazônia, chefiando missão oficial do Ministério das Relações Exteriores que decidiria sobre o litígio de fronteira entre o Brasil e o Peru. Percorre cerca de 6.400 quilômetros de navegação, alguns trechos inclusive a pé.

 

  • 1906 (40 anos) - Volta ao Rio de Janeiro e publica o Relatório da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus. Neste ano, nasce Mauro, filho de sua mulher com o tenente Dilermando de Assis. O menino vem a falecer uma semana depois.

 

  • 1907 (41 anos) - Publica Contrastes e Confrontos, artigos e breves ensaios reunidos por um editor português, e Peru versus Bolívia.

 

  • 1909 (42 anos) - Em maio presta exame para a cátedra de Lógica no Colégio Pedro II. Contudo, não chega a dar muitas aulas.

 

  • 15/08/1909(43 anos) – Morte de Euclides da Cunha em contenda a tiros com Dilermando de Assis, amante de sua esposa Ana Emília.

 

 

 

EVENTOS SUBSEQUENTES À MORTE DE EUCLIDES DA CUNHA:

 

  • 1911 – Casamento de Dilermando com Ana Emília, do qual houveram outros filhos.

 

  • 1916 – O filho primogênito, Solon da Cunha, morre assassinado por autor desconhecido, na Amazônia. Também nesse ano, o segundo filho, Euclides da Cunha Filho, alveja Dilermando de Assis a tiros e é morto pelo mesmo, dentro de um cartório no Rio de Janeiro. Há novo processo e nova absolvição de Dilermando de Assis.

 

  • 1921 – Suicídio de Dinorah, irmão de Dilermando.

 

  • Algum tempo depois – Dilermando abandona Ana Emília, para viver com outra mulher.

 

  • 1951 – Morte de Ana Emília e, poucos meses depois, morte de Dilermando de Assis.

 

 

 

A OBRA LITERÁRIA DE EUCLIDES DA CUNHA

 

  • 1884 - Em viagem: folhetim. O Democrata, Rio de Janeiro, 4 abr.

 

  • 1887 - A flor do cárcere. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, nov.

 

  • 1888 -  Seis artigos: A Pátria e a Dinastia. A Província de São Paulo, 22 dez. 

       Críticos. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, maio.

       Estâncias. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, out.

       Fazendo versos. Revista da Família Acadêmica, Rio, jan.

       Heróis de ontem. Revista da Família Acadêmica, Rio, jun.

       Stella. Revista da Família Acadêmica, Rio, jul.

 

  • 1889 – Dez artigos: Atos e palavras. A Província de São Paulo, 7 cap., jan. 

       Da corte. A Província de São Paulo, maio.

       Homens de hoje. A Província de São Paulo, 22 e 28 jun.

 

  • 1890 -  Cinco artigos: Divagando. Democracia, Rio de Janeiro, 26 abr.

       Divagando. Democracia, 24 maio.

       Divagando. Democracia, 2 jun.

       O ex-imperador. Democracia, 3 mar.

       Sejamos francos. Democracia, Rio de Janeiro, 18 mar.

 

  • 1892 – Vinte e nove art.: Da penumbra. O Est. de São Paulo,3 partes,mar.

       Dia a dia. O Estado de São Paulo, 29 e 31 mar.

       Dia a dia. O Estado de São Paulo, 10 artigos, abr.

       Dia a dia. O Estado de São Paulo, 6 artigos, maio.

       Dia a dia. O Estado de São Paulo, 4 artigos, jun.

       Dia a dia. O Estado de São Paulo, 2 artigos, jul.

       Instituto Politécnico. O Estado de São Paulo, 24 maio 1892.

       Instituto Politécnico. O Estado de São Paulo, 1º jun. 1892.

 

  • 1894 – Um artigo: A dinamite. Gazeta de Notícias, Rio, 20 fev. 1894.

 

  • 1897 – 26 art.: A nossa Vendeia. O Estado de São Paulo, 14 mar. e 17 jul.

       Anchieta. O Estado de São Paulo, 9 jun.

       Canudos: diário de uma expedição. O Est. de São Paulo, 3 art, ago.

       Canudos: diário de uma expedição. O Est. de São Paulo, 8 art, set.

       Canudos: diário de uma expedição. O Est. de São Paulo, 5 art, out.

       Distribuição dos vegetais em São Paulo. O Est. de São Paulo, 4 mar.

       Estudos de higiene: crítica a livro. O Estado de S. Paulo, maio.

       O Argentaurum. O Estado de S. Paulo, 2 jul.

       O batalhão de São Paulo. O Estado de S. Paulo, 26 out.

 

  • 1898 – 5 art.: O "Brasil mental". O Estado de S. Paulo, 10-12 jul.

       Excerto de um livro inédito. O Estado de S. Paulo, 19 jan. 1898.

       Fronteira sul do Amazonas. O Estado de S. Paulo, 14 nov. 1898.

 

  • 1899 – 1 ensaio: A guerra no sertão [fragmento]. Revista Brasileira, Rio de Janeiro, 19 (92/93): 270-281, ago./set. 1899.

 

  • 1900 - 4 art.: As secas do Norte. O Estado de S. Paulo, 29, 30 out. 1900 e   1o. nov.

       O IV Centenário do Brasil. O Rio Pardo, São José do Rio Pardo, 6 maio 1900.

 

  • 1901 - 1 artigo: O Brasil no século XIX. O Estado de S. Paulo, 31 jan.

 

  • 1902

       LIVRO: Os Sertões - Campanha de Canudos. Rio de Janeiro: Laemmert, 1902.         

       Artigo: Ao longo de uma estrada. O Estado de São Paulo, São Paulo, 18 jan. 1902.

       Artigo: Olhemos para os sertões. O Estado de São Paulo, S. Paulo, 18/19 mar. 1902.

 

 

 

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